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Chama-se inês com i pequeno e um dia vai ser bailarina de caixa de música ou cinderella profissional. Não gosta de palhaços e tem pavor a machucares de coração. Gosta de decalcar sentimentos e remexer em entranhas. Quando fica nervosa morde o lábio inferior ou finge tocar piano nas pernas. Tem o coração pequeno e os olhos grandes, tem os olhos muito grandes.

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16 Cubos de gelo
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009
I waited all this time to see the sun
don't know why it didn't come..
let's go home. Togheter.


30 Cubos de gelo
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sábado, 28 de novembro de 2009
Oh, tu não vens. Eu ia-me pôr bonita para ti. Ia prender o cabelo num rabo-de-cavalo perfeito, e depois ia pôr aquele laço cor-de-rosa para que ficasse exímio. Ficaria em perfeita sintonia com o vestido que ia usar. Sabes qual era? Aquele branco claro. Deves-te estar a rir agora, porque sabes que sou a única pessoa com a mania de que há vários tons de branco. Ele é fantástico para as voltas que insisto a dar no parque, para que vejas a roda magistral que o vestido cria. Gostavas tanto dele. Dizias que parecia um pequeno passarinho com ele vestido. Um passarinho lindo e livre. E eu acreditava, porque tu dizias e eu confiava em todas as tuas palavras naquela altura. Confiava tanto em ti...
Depois ia guardar as minhas coisinhas numa mala muito bonita, mesmo. Não é que tivesse grande coisa para levar, mas fica sempre bem, não é? E ia levar uns sapatinhos bonitos. Não muito, sabes como os sapatos nunca me despertaram o mínimo interesse. Mas bonitos o suficiente para que gostasses. Mas que também dessem para dançar, claro, que tu podias pedir que eu o fizesse. Na pior das hipóteses podias dizer que gostavas menos de mim agora, eu ia ignorar as tuas palavras e fingir que não me tinham magoado, porque já estava preparada para elas. Ia sair de perto de ti, para que não visses o meu estado e ia dançar para me sentir melhor e para ti,para me amares de novo. Porque amamos as coisas bonitas, não é? Então, eu ia estar muito bonita e ia dançar bem. Não havia forma de não gostares de mim assim. Ias gostar muito, e ias-te orgulhar de me chamar tua em frente a toda a gente.
 Mas agora arranquei o laço cor-de-rosa, atirei a mala para um canto, rasguei o vestido branco claro e tirei os sapatinhos. Porque afinal, estou a esperar por ti.
E já deveria saber que não vens..



20 Cubos de gelo
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009
"Sem cessar, sem fim ou interrupção. De maneira definitiva, eternamente."
dicionário de Lingua Portuguesa


Mas eu não te peço o para sempre. Eu nem acredito nisso.
Eu peço-te o hoje.
                                                                          E o amanhã, se puder ser...


22 Cubos de gelo
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Não me consideraste uma causa perdida, quando muitos o fizeram. Achavam que pronto, era assim que eu era. Que me entregaria de imediato a tudo o que de mal me acontece. Que tinha nascido irremediavelmente para isto, para viver na prisão do silêncio, nos gritos que suprimia tantas vezes porque sabia que ninguém iria ouvir. E achavam que não podiam fazer nada para mudar isso. Tu não. Tu acreditavas mesmo que eu tinha de ser feliz. Que o merecia. Fizeste com que acreditasse também e é isso que me mantém agora o sorriso nos lábios e a força no corpo.
Sabes, só quando eras tu a perguntar "estás bem?" é que não desprezava a pergunta e não respondia com indiferença. Porque tu querias mesmo saber. Tentavas decifrar-me a toda a hora, o quanto te era permitido. A tua persistência e coragem [sim, coragem] fizeram com que agora seja praticamente impossivel esconder o que quer que seja de ti.
És uma pessoa de poucas palavras, mas isso nunca me incomodou. Nunca apreciei conversas sem nexo, com palavras que não dizem nada nem acrescentam nada ao que já sou ou aquilo em que acredito. São os incriveis silêncios que te distinguem, são as palavras ocas que não dizes.
Tenho imensa pena que a amizade que tínhamos tenha acabado. Tenho mesmo. Mas lidar com tudo isto, não conseguíamos. Agora somos amigos, dos normais, com o indiferente 'bom dia' ao inicio de mais umas 24 horas. Sem grandes sobressaltos ou algo que se destaque, porque as circunstâncias impedem-nos de muito.
Sê feliz menino, que a menina está a tentar sê-lo também.




27 Cubos de gelo
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terça-feira, 24 de novembro de 2009
Aqui fica um pequeno teste. Não, asério, deixaste-me curiosa hoje. Quero saber se estas palavras soltas te chegam mesmo ao ouvido, como afirmaste. Se tal for verdade, foda-se. Não quero. Esta não sou eu. Esta é a parte de mim que não conheces. Que não é suposto conheceres. A racional. A “séria”.
Hoje ficaste chateado por me ver com ele. Desculpa. É-me dificil afastar todos para te manter a ti perto sabendo que irás embora de novo. Vais voltar a partir vais, por mais que eu queira acreditar quando dizes que agora ficas para sempre. Não é justo que abandone assim as pessoas que me colocaram um sorriso nos lábios no tempo em que tu saíste discretamente, sem nenhuma explicação. Que disseram que tudo ia ficar bem. Mas eu percebo-te, asério que sim. [e nem te atrevas a chatear-me dizendo que asério não é uma palavra, é assim porque eu quero e pronto.] Sempre houve entre nós aquela insegurança, sempre um 3º ou mesmo 4º elemento que criava o mítico ciúme. No teu caso, o ciúme é perfeitamente desnecessário, injustificável. Se eu fosse mesmo capaz de gostar de outra pessoa há muito que tinha abandonado tudo isto, não ficava aqui à espera que voltasses sempre que ficas 'confuso'. Tinha ido embora há muito. Sem o tal beijo de despedida de que a Gabriela fala. Sem sequer olhar para trás. Mas não consigo, não consigo..
ps: porra, era suposto isto ter ficado bonito.
pps: não interessa, o importante é que leias.
ppps: estás a ler?
pppps:se estiveres, amo-te.



10 Cubos de gelo
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Já  te queria dirigir estas palavras faz algum tempo, e acredito que as irás ler. Não as tens de comentar. Não as tens de ler todas. Nem sequer tens de gostar ou entender. Não são para mostrar como sou fantástica e super altruísta. São para te explicar o que não consigo dizer com a naturalidade do costume.
Custa-me ouvir as coisas que eles te dizem. Tudo o que insistem em atirar-te à cara. Porque é triste saber que são teus amigos e mesmo assim não te conseguem compreender. Não te preocupes, eles não sabem do que falam. Não que eu o saiba melhor, não consigo compreender não, mas não tento. Aceito. Não conheço a história por detrás de cada cicatriz invisivel que te cobre o corpo. Cicatrizes de quem tentou, e simplesmente não conseguiu. Que agora apenas responde com a mesma indiferença com que foi recebido. Lutaste. Não és tão cobarde quanto dizes ser. Aliás, não és cobarde de todo. Desistir por vezes parece mesmo tentador, mas tu não o fazes, não senhora. Não desististe de tudo, como eles dizem. Não desististe de ti. E por entre conversas retardadas cheias de smiles e humor forçado para aligeirar o ambiente, nunca me deixaste desistir também. E tu sabes que eu sou uma anti-social de merda com um escasso número de amigos, mas tu certamente és um deles. Obrigada.

Vá, agora noc pa isto tudo que já está demasiado sério e nós somos pessoas burras 8-)


13 Cubos de gelo
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domingo, 22 de novembro de 2009
Ver tudo aquilo despertou-me memórias que continuam bem presas num cantinho em mim. Na mente, que guarda as recordações. Ou secalhar no coração, que faz a mente funcionar como devido. Ou na barriga, onde sentia as famosas borboletas. Ou nos pés, que ganhavam vida própria e seguiam a melodia na perfeição. Bem, por aí.
Então sorri.
- Que foi ? - perguntaste de imediato.
- Sabes, eu quando era pequena sonhava ser bailarina contemporânea.
- E porque não sonhas agora?
- Não sei... Há certas coisas que sentimos que são inalcansáveis, simplesmente. E depois convencemo-nos de que não o queremos assim tanto, para que desistir não seja tão doloroso... Olha, era assim que eu olhava para ti, depois de teres ido embora...
- Mas eu agora estou aqui e não tenciono ir embora. Porque achas que tens de desistir?
- Pois, talvez...




28 Cubos de gelo
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Qual morrer a dormir qual quê, eu dantes sonhava morrer a dançar. Estendida no palco, depois de fluir docemente por todo aquele espaço por mais tempo do que me era permitido. Com as pernas a tremer e os dentes a tilintar. Com os olhos a fecharem-se lentamente, acompanhando a música que cada vez se tornava menos nítida. Com o coração a bater num ritmo furioso e incessante.
Com todos de pé, a aplaudir. Uma ovação estrondosa perante a revelação de um enorme talento que moldou um impetuoso espectáculo.
Com as faces ainda rosadas por o sangue ter afluido em ambundância àquela zona minutos antes. Penteado desfeito, característico de quem dança por gosto. De quem sente cada movimento em todas as pequenas partículas do seu ser. De quem é feliz apenas desse jeito.
O pano seria corrido no momento em que a melodia terminasse. Suave, leve, simples, bonito. As pessoas continuariam a aplaudir até terem as mãos dormentes. E mesmo depois do espectáculo, nunca ninguém se esqueceria daquela destemida bailarina. Que amava demasiado toda aquela emoção, todo aquele frémito para sair a meio. Que apenas fechou os olhos quando a música terminou. Que aguentou até ao soar da última nota.

E dantes era assim, sonho inocente de rapariguinha ingénua.

11 Cubos de gelo
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009
..E estava a preto e branco, à espera que eu tivesse a coragem de pegar no lápis e dar-lhe cor. Preenchê-lo com todas aquelas matizes que lhe iriam conferir brilho e alegria. Como eu. A preto e branco, sem graça. Sem ninguém para o colorir... Face a este pensamento  peguei furiosamente no lapis e comecei. Escureci-o de tal forma de passou de algo infantil para algo macabro. Tive medo, tive muito medo, mesmo sabendo ter sido eu a autora de tamanho crime. Foi ficando cada vez mais negro, até não passar de um borrão com fragmentos de desenhos infantis. Desenhos esses que a fada iluminava. Mas ela agora nem se vê...




14 Cubos de gelo
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009
- Wow, a Inês, sozinha? Nunca pensei ver-te assim, absorta nos pensamentos, sem o sorriso inexpressivo que usas todos os dias para encarnar uma personagem que não passa de uma pequena porção do teu ser. Sem precisar de barulhos de fundo, ruídos desnecessários, vozes que nada te dizem. Porque tu ouves todos e não escutas ninguém, quando destrambelham ideias desta maneira.
- Pára de filosofar. A culpa é tua. Mudaste-me, sabias?
- Não te fiz só mal. Deixaste de temer encontrar-te com a tua mente para terem um daqueles encontros a sós ocasionais. Ficares sozinha, sem hipótese de mentir. Deixaste de ter medo de ti mesma..
- Olha, pois foi..




9 Cubos de gelo
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Preciso de construir um instrumento musical feito com materiais reciclados/recicláveis. Ideias precisam-se desesperadamente, visto que criatividade aqui para estes lados é zero.

35 Cubos de gelo
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009
'Hesitante, mandei-te o que chamam de sms. Mensagem curta, fria, directa, com resposta fácil, demasiado fácil. Perguntei-te se voltavas. Na altura e no consciente sabia estar a perguntar se voltarias para o computador hoje, tínhamos deixado uma conversa por acabar. Mas a pergunta tinha outro sentido. Talvez entendesses a mensagem subtilmente passada, talvez me desses uma resposta definitiva. Talvez me desses mais ferramentas para que conseguisse decifrar-te.
Não respondeste, simplesmente. Nem um sim de esperança ou um não de indiferença. Nem mesmo um talvez. Ficou pendente. E assim ficou também o meu amor por ti.'




26 Cubos de gelo
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domingo, 15 de novembro de 2009
'Não sei como, não sei porquê.
Aproximaste-te de tal forma que, mesmo estando tu a falar baixo, parecia que me gritavas ao ouvido a plenos pulmões. Pousaste a cabeça no meu ombro e conseguia sentir a tua voz. Encostei a cabeça ao teu peito e tentei sentir o batimento do teu coração. Certificar-me que continuava ali, a bater, fosse por quem fosse. Ficávamos cerca de 30 segundos a olhar um para o outro, de cada vez, que eu já sentia saudades de olhar para ti assim de tão perto. A apreciar a nossa reconquistada proximidade. Ficámos de tal forma próximos que afirmaste sentir as minhas pestanas roçarem na tua pele. Sorri, pois não duvidava que tal fosse verdade.
Depois, a circustância obrigou a que nos afastássemos. Não gostei, não gostei mesmo nada. Então agarrei o teu braço. Estavas já demasiado distante e queria-te mais perto. Ousei pedir que te sentasses ao meu lado de novo. Não estou certa de que tenhas ouvido mas sabias decerto o que pretendia. Por isso voltaste a sentar-te e envolveste-me completamente nos teus braços. Murmuraste algo que não consegui compreender, mas que decerto teria gostado. Depois, deste-me um beijo na testa e olhaste para mim muito tempo.
E eu sei que durante aqueles escassos minutos gostaste mesmo muito de mim.'




32 Cubos de gelo
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sábado, 14 de novembro de 2009
Todos os outros vieram
Tentaram fazer-me rir
Brincaram comigo
Algumas vezes para rir outras a sério
E depois partiram
Abandonando-me nas ruínas das brincadeiras
E eu não sabia quais eram a sério
Quais eram para rir e
Vi-me sozinha com os ecos de risos
Que não eram os meus.

E depois tu chegaste
Com os teus modos estranhos
Nem sempre humanos
E fizeste-me chorar
E não pareceste importar-te que chorasse.
Disseste que as brincadeiras tinham acabado
E esperaste
Até que as minhas lágrimas se transformassem
Em alegria.
From Sheila to Torey, in 'A menina que nunca chorava', by Torey Hayden



40 Cubos de gelo
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Essas tuas palavras são brutas. Não vêm com o tratamento a que estou habituada, costumam ser polidas e muitas vezes reformuladas antes de me chegarem ao ouvido, trazidas pelo vento. São fortes e intimidadoras. Dizes que se voltar a repetir o que disse, matas-me. Não falas asério, claro, até porque tu raramente falas asério. E quando o fazes avisas previamente que vamos ter 'uma daquelas conversas', e começo imediatamente a tentar descobrir qual será o grandioso tema merecedor de uma dessas escassas ocasiões em que deixamos o tom jocoso de lado.
Disseste isso, e eu, estupidamente, sorri. Porque só conseguia pensar que com as letras de 'mato-te' se escreve 'amo-te', e sobra o t, de ti..




24 Cubos de gelo
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terça-feira, 10 de novembro de 2009
'Bolas, ele vem aí. Vá, mexe-te. Pega no lenço que já guardas cuidadosamente no bolso todas as manhãs a contar com este momento e limpa essas lágrimas da tua cara. Estão a arruinar-te a maquilhagem e para além do mais ficas horrivel quando choras. Pára com os soluços, também. Precisas de um copo de água? Pronto, eu vou buscar. Enquanto isso trata de te controlar, as tuas pernas estão a tremer que nem varas verdes. Óh credo, ele está quase aqui. Não falta muito para que comece a ouvir-me. Sorri, vá. Mais. Um sorriso reluzente, capaz de iluminar uma sala assim que emerge. Esse vai ter de servir, não temos tempo para arranjar um melhor. Corre para ali, agora. Representa. Mantém o sorriso durante todo o espectáculo, segue precisamente a música que está a ser tocada. Mesmo que não a conheças, mesmo seja completamente alheia à que te provocou sangue, lágrimas e suor. Mesmo que não gostes dela. Vais para ali, e vais dançar de forma esplêndida. Com passos certos, sem quaisquer tipo de erro. Não há espaço para improvisos. Segues todas as indicações à risca, e nunca, mas nunca, deixes de sorrir. A plateia gosta disso. Que disfarçem tudo que existe de mau com um simples sorriso. Eles próprios o fazem, no seu espectáculo. E não quero saber se tens medo, ali não o podes demonstrar, ou eles comem-te viva. Ninguém gosta de bailarinas com medo. Hás-de acabar com os dedos em sangue, os joelhos em carne viva e o penteado desfeito. Mas vais dançar, e vais dançar tão bem que todos vão gostar. Vais seguir todas as regras e vais fingir felicidade todo o tempo'

Se ela me tivesse prestado atenção teria percebido que eu não queria nem ia fazer aquilo. Mas não ouviu. Então saí sem avisar e sorri para ele que já estava mesmo perto, e nem me importei por ainda ter as pernas a tremer..




18 Cubos de gelo
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Por favor, vem de onde estiveres, larga o que estiveres a fazer e estaca graciosamente à minha frente. Diz-me que posso finalmente abrir os olhos de novo. Que agora, o mundo voltou a ser feito com aquelas cores que eu venerava e para as quais sorria constantemente. Que a pressão das minhas mãos contra os meus olhos é completamente desnecessária, que não serei encadeada por toda esta claridade desconhecida. Porque vais tapar a luz vulgar e vais tu ser o meu Sol.  





Bem sei que não vens. Não te incomodes em dizer-mo.


21 Cubos de gelo
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domingo, 8 de novembro de 2009
À pergunta do como correu, respondo um simples 'bem' e não deixo margem de manobra para mais perguntas. Porque tentar explicar seria inútil. Nunca conseguiria dar-lhes a entender o que senti pela forma como estavas. Explicar como tinha sido a expressão que tanto me magoou. Porque os teus olhos estavam vazios, cheios de algo que me era desconhecido. Porque estavam mortos, mas ao mesmo tempo cobertos de pintinhas de entusiasmo. Porque estavas distante, mas mesmo assim parecias continuar presente.

Depois, fomos embora. Assim que saí do carro a súbita vontade de chorar tomou conta de mim. Era o medo de que tudo tivesse mudado que me começava a assombrar. É o nó no estomago resultante do triste facto de não te conseguir decifrar.
Agora, não há muito a ser feito. Vou apenas ficar aqui sentadinha à espera que venhas e digas que me amas muito, para que possa respirar de alívio. Vens, não vens? Claro que vens, que estupidez. Vens..?
Olha, não vieste. Afinal passava-se mesmo algo. Vês? Ainda te conheço e tudo.



Ps: Pousa a borracha. Por favor.

19 Cubos de gelo
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Hoje, não quero saber. Vou correr para os teus braços e beijar-te como se fossemos dois apaixonados que a distância separou durante anos. Vou agarrar-te com muita força e só largar quando o meu corpo não permitir mais. E nem quero saber se deixas ou não. Porque nunca se sabe quando voltarei a ter esta coragem.
Hoje, vou fazer o favor ao Raúl Solnado e vou ser feliz.
Volto depois.




27 Cubos de gelo
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sábado, 7 de novembro de 2009
Minha querida:
Escrevo-te porque não consigo dizer-to na cara. Porque não mereces sequer que pouse o olhar em ti por segundos que seja.
Foste minha amiga por muitos anos, confidente por muitos mais. três meses depois de eu nascer, conheci-te. E apartir daí comecei a conhecer-te realmente, comecei a saber-te de cor. Estavas sempre presente, sempre estiveste. Porque eu ainda me lembro de quem me agarrava a mão quando ia levar uma vacina. Quem me tapava os olhos quando aparecia um palhaço. Tu conhecias-me tão bem..
E isso dói. Porque tu consegues ler-me e mesmo assim não hesitas em intensificar o que de mau já existe para mim.
Mas agora ele foi mau contigo também, não foi? Foi pois. Brincou contigo para me magoar a mim. Para não se magoar a ele.E isso não se faz, não senhora.
Mas cada um tem o que merece, e tu certamente tiveste-o.
Desculpa não ter conseguido proteger-te de ti mesma pequenina, mas tu própria me expulsaste da tua vida com essa vontade de ser auto-suficiente. Forte, como tu lhe chamas. Tornaste impossível a minha promessa de 'sermos amigas para sempre' E eu que sou tão boa a cumprir promessas..



Porque enquanto antes me tapavas os olhos quando aparecia um palhaço, agora tento eu abrir-tos em frente a um espelho.Para que te vejas. Pena que te continues cega..

24 Cubos de gelo
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Pés de bailarina, como os meus. Dependendo apenas das suas pontinhas para se manterem firmes, ganham ainda assim um jeito gracioso. Têm a segurança e exactidão que tanto desejo alcançar.
Equilibras-te e crias também um equilíbrio perfeito entre tudo. Eu, bailarina desajeitada, mais pequenina que tu, não o consigo fazer. Não tenho equilibrio nem consigo seguir a música que está a ser tocada. Balanço de tal forma que acabo por tombar. PUUM!
Levanto-te mais agora dependo de um só pé para dançar. Observo-te lá ao longe, com esses pés de bailarina. Não danças, não o queres fazer. Mas os teus leves passos por si só já soam a música.. Apoia-me, vá lá. Fizeste-me tombar, agora devias fazer com que não desistisse. Agarra-me com força. Volta a ser por mim o que não consigo ser sozinha. Mete-me em cima dos teus pés e faz-me acreditar que estou sozinha a provocar todos aqueles movimentos de novo. Porque tu consegues.
Porque tens pés de bailarina, como os meus.




26 Cubos de gelo
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009
.. e estou doente. Não, não é gripe A (por agora ainda não) Mas digamos que não estava em condições para fazer o fantástico teste de FQ, vim para casa.
E agora esqueci-me porque razão estava a fazer este post

Ah, porque se preocuparam comigo. Asério.



20 Cubos de gelo
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quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Diz-me que partimos hoje, para que eu possa reunir todos os meus pertences. Bem sabes que minto, não preciso de nada, quero é saber se vamos. Mera curiosidade, talvez. Diz-me só para que possa sorrir para todos uma última vez. Para que possa escrever muitos daqueles bilhetinhos bonitos no papel lilás que guardo na gaveta, como umas últimas palavras de alguém rumo ao seu destino. Para que possa envolver a mão de todos os que sofrem pela minha presença ausente e dizer-lhes que vai correr tudo bem, agora chegou o tempo de sermos todos felizes de novo. Diz-me se vamos agora, para que possa deixar tudo sem olhar para trás. Diz-me se valem mesmo a pena todos os arranhões que farei pelo caminho.
Porque se sim, ao lado dos teus passos caminharei.





10 Cubos de gelo
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
Quando me deixaste desnorteada, sozinha num mundo que não era o meu, não era o nosso, muitos vieram tentar ser o meu apoio. Dizia 'não obrigada' delicadamente, porque eu sabia que tu ias voltar.E quando tal acontecesse queria correr imediatamente para os teus braços, sem ninguém a tentar deter-me por algo que rapidamente caía no esquecimento. Mas comecei a cair mesmo muito mal meu amor, e chegou a uma altura em que as feridas começavam já a queimar a alma. Deixei de ser capaz de me erguer sozinha. Apoiei-me neles, mas fiz demasiada força e agora são eles que não se conseguem voltar à sua posição normal. Ao que eram antes de os fazes cair.
'Desculpem'. Mas esta palavra não me soa bem. Não chega. 'Desculpem se vos magoei, não era minha intenção e estou extremamente arrependida'  Não, continua mal. Quando achar as palavras certas, prometo proferi-las com o tom mais doce que conseguir produzir.


Um dia, quando voltar a ter forças para tal,
 edificar-vos-ei.
Prometo.

18 Cubos de gelo
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"Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir

 Se por falar falei, pensei que se falasse era fácil de entender
 Talvez por não saber falar de cor, imaginei..."

15 Cubos de gelo
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009
(foi sujeito a alterações, na altura em que o escrevi tudo era diferente)

Sinto. Não tenho a certeza do que é, mas sinto. Sinto um misto de paixão, desilusão, raiva, nostaligia e carinho. Fazes-me mal mas tornaste-te mais necessário do que o ar que consumo todos os dias para garantir a minha sobrevivência por mais umas horas neste cruel planeta. Ahahah, vês o estado em que me deixas? Abomino clichés e aqui estou eu a usá-los como criança que decorou toda a lição.
Vem. Vem e mata comigo o cliché das relações falhadas. Vem e mostra comigo que não tem de ser assim. Que não nos tornámos vitimas de uma sociedade que controla e manipula cada um que nela habita.
Vá, vem.

(..)

Acabaste por vir mesmo.

24 Cubos de gelo
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Os textos tristes, molhados por as lágrimas que verti enquanto os escrevia,
inundados de dor, estão guardadinhos numa caveta na mesinha de cabeçeira.
Para quando voltarem a fazer sentido. Agora não.



9 Cubos de gelo
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domingo, 1 de novembro de 2009
Porque tu às vezes deixas-me assim, sem saber o que pensar. Quando tens atitudes que se afastam ligeiramente das a que me habituaste e que denomino de 'normalidade'. Pequenas coisas que me fazem cair inevitavelmente naquele estado de tristeza dormente. Em que praticamente não sinto nada.
Procurei então a pessoa que me ocupava as tardes nas férias, a quem eu recorria quando negava a mim mesma pousar de novo a minha mente nas nossas recordações. Quando pensar em ti 12 horas por dia se tornava insuportável.
Ao início, tive mesmo muito medo da sua reacção. Não tinha ficado muito feliz quando anunciei que o meu mundo tinha voltado a girar à tua volta. Decerto não o teria dito se tal não se tivesse tornado inegável e se não soubesse que 'amiga' nunca foi o cognome que ele me quis atribuir.
Recebeu-me com um 'diz meu amor' que não tinha segundos sentidos ou intenções ocultas. Que me soube bem. Mas eu na verdade não queria dizer nada. 'fala comigo, simplesmente.', pedi. Porque sabe bem ouvir vozes familiares agora que me voltei a perder no teu sorriso. Saber que eles estão lá sempre. Mesmo quando tu me faltas. Principalmente quando tu me faltas.